SXG (Trocas Assinadas): o que é e como acelera a Pesquisa Google

Entenda SXG, ative em minutos e acelere LCP, TTFB e CTR na Pesquisa Google. Guia prático com passos, erros comuns e medição.

Quim PierottoQuim Pierotto26/08/2025
O que é SXG em linguagem direta

Se você já domina AMP, Core Web Vitals e otimização de imagens, vale conhecer um recurso que joga a favor do clique orgânico em mobile: SXG — Signed Exchanges.

Ele permite que o Google faça prefetch da sua página de forma privativa, validada por assinatura, e entregue o conteúdo praticamente instantâneo quando o usuário toca no resultado. O endereço que aparece no navegador continua sendo o seu.

O ganho percebido é direto em TTFB, LCP e, por tabela, no CTR.

Abaixo, explico como funciona, quando usar, como ativar e como medir.

O que é SXG em linguagem direta

SXG é um formato assinado do seu HTML.
O buscador pode baixar antecipadamente esse pacote, validar a assinatura e guardar no cache.
Quando o usuário clica no resultado, o navegador abre a sua URL canônica, porém já com o HTML pré-carregado.
O processo preserva privacidade e atribuição: não há cookie antes do clique e a barra de endereço sempre mostra o seu domínio.

Em termos práticos, SXG é um turbo de percepção de velocidade sem exigir AMP.

Por que isso acelera

  • Reduz TTFB: parte do caminho de rede já aconteceu durante o prefetch.
  • Melhora o LCP: o HTML chega rápido e os recursos críticos (imagem hero, CSS crítico) começam a renderizar antes.
  • Evita layout jank: com Critical CSS e dimensões explícitas, o HTML pré-carregado tende a estabilizar a página mais cedo, ajudando CLS.
  • Ajuda Discover: cards clicados abrem “na hora”. Em ambientes de feed, essa sensação é diferencial.

Quando SXG faz mais sentido

  • Sites com alto tráfego orgânico mobile.
  • Conteúdos públicos e cacheáveis (notícias, artigos, guias, listagens).
  • Páginas que já estão otimizadas em LCP, CLS e INP, mas ainda sofrem com latência e redes móveis.
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Quando pode não ser ideal

  • Páginas personalizadas por usuário ou atrás de login.
  • Conteúdo com trocas muito frequentes e TTL curto.
  • Paywalls rígidos que dependem de verificação antes do HTML.

Requisitos básicos

  • HTTPS e HTTP/2+.
  • HTML estável por alguns minutos (defina Cache-Control coerente).
  • CDN ou servidor capaz de gerar e servir application/signed-exchange.
  • Imagens em WebP/AVIF, dimensões explícitas e preload de fontes essenciais para maximizar o ganho no LCP.

Como ativar na prática

Opção 1: via CDN (a rota mais simples)

CDNs como Cloudflare e Fastly oferecem SXG automático. Em geral, é ligar o recurso no painel e validar.

O provedor cuida da assinatura e do content negotiation.
Checklist rápido:

  1. Habilite Automatic Signed Exchanges no CDN.
  2. Garanta URL canônica correta no <head>.
  3. Defina Cache-Control público com TTL realista e stale-while-revalidate se disponível.
  4. Mantenha HTTP Compression ativa (Brotli).
  5. Teste no Chrome DevTools: a aba Network deve mostrar entradas application/signed-exchange.

Opção 2: no seu stack

Se você controla a borda:

  1. Gere SXG com ferramentas como sxg-rs.
  2. Sirva o pacote e anuncie via negociação de conteúdo.
  3. Entregue o HTML canônico normalmente para navegadores que não suportam SXG.
  4. Monitore cache, erros de assinatura e vary headers.

Boas práticas para extrair o máximo

Otimize o HTML que será assinado

  • Critical CSS inline e CSS restante adiado.
  • Imagem hero com width e height definidos e fetchpriority="high".
  • Fonte principal com rel="preload" e font-display: swap.
  • JS não crítico abaixo da linha de corte e quebrado em módulos.

Garanta paridade com a página canônica

O SXG não é outro HTML. É a mesma página, assinada.
Evite divergências que causem flash de conteúdo distinto ou problemas de medição.

Analytics e contagem de pageviews

Prefetch não é pageview. A visualização só acontece após o clique, quando a sua URL abre.
Verifique se suas tags não contam em duplicidade ao trocar de prerender para visível.

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SEO técnico e Discover

  • Mantenha dados estruturados idênticos.
  • Use imagens ≥ 1200 px e max-image-preview:large para habilitar imagem grande no Discover.
  • Combine SXG com capa leve e título objetivo para elevar CTR.

Como medir o impacto

1) Core Web Vitals de campo
Acompanhe LCP e INP no Search Console e no CrUX. Espere melhora na cauda longa de conexões mais lentas.

2) Tempo até interação real
Monitore Time to First Byte e First Contentful Paint via RUM. Em cliques vindos da Pesquisa, a tendência é cair.

3) CTR e bounce
Avalie variações de CTR por query e tipo de dispositivo antes e depois.
Abertura imediata reduz fricção e costuma impactar rejeição.

4) Teste A/B controlado
Segmente por diretório, por exemplo /noticias/ com SXG e /blog/ sem SXG por 2 a 4 semanas.
Compare LCP p75, CTR e tempo médio na página.

Erros comuns que derrubam resultados

  • TTL irreal: expira rápido demais e o prefetch não encontra pacote fresco.
  • HTML instável: muda a cada request e invalida a assinatura.
  • Imagens pesadas: SXG acelera o HTML, não milagres; se a hero pesa 900 KB, o LCP sofre.
  • Scripts bloqueantes: render-blocking anula o ganho do HTML pré-carregado.
  • Falta de fallback: não deixe navegadores sem suporte caírem em erro de tipo.

Plano de implementação

  1. Selecione rotas canônicas públicas e estáveis.
  2. Revise caching headers e minifique o HTML.
  3. Habilite SXG no CDN ou instale a ferramenta de empacotamento.
  4. Valide application/signed-exchange no Network do DevTools.
  5. Garanta imagem hero otimizada e Critical CSS.
  6. Ative max-image-preview:large e og:image ≥ 1200 px.
  7. Teste schema.org e metatags no canônico e no SXG.
  8. Publique em grupos de URLs e monitore LCP e CTR.
  9. Ajuste TTL e preload com base nos dados.
  10. Escale para o restante do site.

Perguntas rápidas

SXG substitui AMP?
Não. SXG é uma entrega mais esperta. Quem cuida do conteúdo e da UX é você.

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Quais navegadores suportam?
Suporte robusto em Chrome e navegadores baseados em Chromium. Outros navegadores recebem o HTML normal.

Posso usar em páginas de produto?
Sim, desde que o HTML seja cacheável e não personalize preço ou estoque no servidor.
Para dados dinâmicos, carregue via API após o clique.

Abrir páginas quase instantaneamente

SXG é um atalho técnico para abrir páginas quase instantaneamente a partir da Pesquisa, sem trocar seu domínio por um cache de terceiros.

Ele melhora tempo percebido, ajuda LCP, favorece o CTR e reduz atrito no mobile.
Funciona melhor em conteúdos públicos, com caching correto, Critical CSS, imagens leves e medição confiável.

Ative primeiro em um conjunto de URLs, meça, ajuste TTL e só então escale. A combinação SXG + CWV em dia + imagem grande costuma render o melhor efeito prático.


Referências

  • Google Developers — Signed Exchanges (SXG)
  • Google Search Central — SXG na Pesquisa Google
  • Cloudflare Docs — Automatic Signed Exchanges
  • Fastly — Signed Exchanges
  • IETF — Signed HTTP Exchanges (Web Packaging)
Quim Pierotto
Quim Pierotto, profissional e entusiasta digital e líder "visionário", destaca-se no mundo dos negócios digitais com mais de duas décadas de experiência. Combinando expertise técnica e uma abordagem humanizada, impulsiona projetos ao sucesso. Apaixonado por tecnologia e resultados, Quim é um parceiro confiável em empreendimentos digitais, sempre à frente na busca por inovação.
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