O Core Update de junho/2025 movimentou a SERP com força entre o fim de junho e meados de julho.
Se o seu tráfego oscilou nesse período, o mais provável é que os sinais de qualidade e satisfação do usuário tenham sido reavaliados.
O objetivo aqui é ser direto: primeiro, o que mudou na prática, depois, o plano de recuperação em 7 dias.
Fechamos com um checklist tático para estabilizar e voltar a crescer.
O que mudou na prática
- Recalibração de qualidade por intenção: Páginas que respondem melhor à tarefa real do usuário ganharam espaço, textos longos sem utilidade perderam tração.
- Formatos de resultado contam: Snippets, People Also Ask, vídeo e listas passaram a capturar mais cliques em várias consultas. Em muitos casos, a queda veio do formato da SERP, não do conteúdo em si.
- Recuperações parciais: Sites afetados por ciclos anteriores tiveram reposicionamentos. Quem consolidou conteúdo e reforçou E-E-A-T voltou a competir.
- Pressão em práticas de risco: Conteúdo em escala sem edição, domínios expirados reaproveitados e site reputation abuse estão sob escrutínio. Se o seu domínio recebe textos de terceiros sem controle editorial real, é hora de revisar.
Diagnóstico em 7 dias
Dia 1 — Meça o impacto certo
- Baixe no Search Console os últimos 30 dias antes e depois do período do update.
- Separe por marca vs. não marca.
- Classifique por intenção: informacional, transacional e navegação.
- Identifique quedas consistentes por URL e por consulta.
Dia 2 — Compare a SERP, não só concorrentes
- Para as 20 páginas que mais caíram, abra a SERP atual.
- Mapeie features dominantes: snippet, PAA, vídeo, carrossel.
- Pergunte se o seu formato atende a disputa do resultado ou se precisa adaptar a entrega.
Dia 3 — Intenção e satisfação
- Leia as 3 primeiras páginas ranqueadas para cada termo-chave afetado.
- Liste as tarefas que elas resolvem melhor que você.
- Reescreva títulos, introduções e blocos de resposta para resolver essas tarefas logo no início.
Dia 4 — Consolide e corte canibalização
- Agrupe URLs sobre o mesmo tópico.
- Una conteúdos fracos a um pilar forte.
- Redirecione o que for redundante.
- Reorganize interlinks para o pilar principal.
- Ganhe profundidade com seções úteis, não com volume.
Dia 5 — E-E-A-T em ação
- Inclua autoria verificável, bio do autor e da empresa, descrição de metodologia, dados próprios e data de atualização.
- Use schema de artigo, FAQ ou how-to quando fizer sentido.
- Deixe claro por que o leitor pode confiar.
Dia 6 — Técnica que mexe no ranking
- Revise Core Web Vitals, higiene de indexação, crawl budget, canônicos, paginação, links órfãos e 404 em recursos críticos.
- Otimize imagens em .webp ou AVIF, CSS crítico e lazy-load sensato.
- Remova thin templates.
Dia 7 — Plano de monitoramento
- Defina KPIs semanais para 50 palavras-chave críticas: posição média, CTR, cliques em features, impressões e retenção.
- Estabeleça um checkpoint em 28 dias.
- Só mude de rota se as métricas não reagirem.
Prioridades táticas para recuperação
- Atualize o que está “quase”: Priorize páginas que caíram de 3 a 10 posições e já tiveram histórico de top 10. Pequenas melhorias costumam destravar volta à 1ª página.
- Ganhe o snippet: Responda à pergunta principal em 40 a 60 palavras, próximas ao topo, com H2 ou H3 claro. Use listas e tabelas quando fizer sentido.
- Aumente a densidade de valor: Inclua exemplos reais, prints, how-to passo a passo, mini-estudos, planilhas e checklists. Valor prático é o que segura o clique e manda bons sinais.
- Trate E-E-A-T como requisito: Expertise demonstrada, experiência prática, autoridade da marca e confiabilidade visível. Sem isso, a recuperação tende a estagnar.
- Ajuste títulos e descrições para intenção: Evite iscas genéricas. Escreva para o que o usuário quer fazer, não só para a palavra-chave.
Métricas que importam no pós-update
- CTR por posição: Queda de CTR com posição estável indica desalinhamento de snippet.
- Distribuição de cliques por feature: Se a SERP virou lista ou vídeo, você precisa competir nesses formatos.
- Retenção e scroll: Conteúdo que resolve rápido mantém o usuário e sinaliza qualidade.
- Recuperação parcial em 2 a 6 semanas: É um bom indicativo de que a direção está correta. Mantenha o ciclo de melhorias.
Checklist técnico essencial
- Indexação: nada de noindex acidental, canônicos conflitantes ou sitemaps desatualizados.
- Arquitetura: interlinks claros, sem loop de redirecionamento e sem categorias órfãs.
- Performance: imagens otimizadas, CSS crítico, JS adiado com cuidado.
- Dados estruturados: schema correto e limpo de erros.
- Higiene editorial: corte conteúdo gerado em escala sem revisão humana.
- Páginas de confiança: Sobre, Contato e Políticas fáceis de achar e completas.
O que evitar agora
- Trocar tudo de uma vez: Faça mudanças por lotes, valide e avance.
- Publicar em massa sem valor: Volume não compensa falta de utilidade.
- Terceirizar reputação: Conteúdo de terceiros sem curadoria real é risco direto.
Core updates não “punem” sites
Eles reavaliam quem está resolvendo melhor as tarefas do usuário. Quem cresce combina entrega prática, sinais de confiança e higiene técnica.
Se você diagnosticar com método, consolidar o que importa e melhorar continuamente, é possível recuperar e sair do outro lado mais forte.