Preferred Sources é a nova alavanca de SEO de notícias no Google.
Agora, o usuário pode escolher seus veículos favoritos para ver mais conteúdos deles no módulo Top Stories e, em algumas buscas, em um bloco dedicado chamado From your sources.
Para publishers e marcas com pauta quente, isso abre um caminho direto para recorrência de audiência e incremento de cliques sem depender só do algoritmo.
O que mudou (e por que importa)
O recurso foi anunciado em agosto de 2025 e já está em rollout, com destaque inicial para EUA e Índia.
Na prática, o Google continua misturando fontes, mas prioriza as que o usuário marcou como preferidas quando há cobertura relevante e recente sobre o tema buscado.
Não é “atalho de ranking”; é personalização orientada à confiança do leitor.
Para quem publica, a implicação é clara: virar “fonte preferida” do seu público pode aumentar a presença em Top Stories nas consultas que você cobre com velocidade e profundidade.
Isso vale para portais nacionais, verticais nichados e jornais locais que disputam visibilidade com players maiores.
Como o usuário ativa (e como seu site pode incentivar)
O fluxo é simples do lado do leitor:
- Pesquisar um tema de notícias no Google.
- No cabeçalho de Top Stories, tocar no ícone de estrela.
- Digitar o nome do veículo e marcar.
- Tocar em Reload results para aplicar.
Do seu lado, transforme isso em micro-CTA no produto editorial:
- Banner discreto no topo/rodapé: “Curte nossa cobertura? Marque o Cientistas Digitais como Preferred Source no Google.”
- Nota de serviço no fim dos artigos de breaking/ao vivo.
- Página de ajuda com o passo a passo e prints do ícone de estrela.
- Post social e newsletter pedindo ao leitor para adicionar seu site.
Checklist de elegibilidade editorial
Para que a preferência do leitor realmente apareça, seu conteúdo precisa merecer a vaga naquele momento. Foque em:
Freshness e cadência
- Publicar rápido e atualizar com timestamps claros.
- Manter pauta recorrente em temas nos quais você quer ser “fonte preferida”.
Relevância semântica
- Títulos enxutos que mapeiam a consulta do usuário (sem clickbait).
- Lead que responda o “o quê/quem/onde/quando” nas primeiras linhas.
- Use entities bem definidas no texto para reforçar contexto.
Sinais técnicos
- Google News Publisher Center configurado, news sitemap válido, páginas de autor e contato.
- Marcação de Article/NewsArticle com dados de publicação/atualização.
- Páginas rápidas e estáveis (Core Web Vitals).
- Páginas AMP já não são requisito; priorize experiência e velocidade no site atual.
Integridade e transparência
- A preferência não substitui critérios de qualidade. Garanta checagem, crédito, byline e correções visíveis.
- O Google ainda mescla fontes e não exclui outros veículos.
Playbook de crescimento: vire “fonte preferida” do seu leitor

1) Escolha seus “campos de batalha”
Mapeie 10–20 queries noticiosas onde você já tem histórico: editorias, cidades, setores, times, beat de mercado.
2) Construa um pacote de cobertura
Para cada tema, defina formatos: breaking, explicativo, ao vivo e pós-evento com dados. Isso aumenta a chance de estar “fresco” quando a busca explode.
3) Padronize títulos orientados à busca
Ex.: “{Evento/Time} hoje: horário, onde ver e escalações”; “{Empresa} divulga resultados do 3º tri: receita, lucro e guidances”.
Títulos que espelham a consulta melhoram o match com Top Stories.
4) Eduque sua audiência
Inclua o micro-CTA de Preferred Sources nos conteúdos mais lidos. Teste posição, copy e ícone. “Quer ver a gente no topo quando esse assunto bombar? Marque como Preferred Source.”
5) Use picos para criar hábito
Em coberturas ao vivo, reforce o CTA. A recorrência em grandes dias cimenta sua posição como referência daquele tema.
KPIs para acompanhar
- Impressões e CTR de Top Stories no Search Console (filtre por consultas noticiosas e compare com “dias quentes”).
- Tráfego de navegação direta nas horas seguintes a picos (sinal de hábito).
- Busca de marca + topic (“Cientistas Digitais + IA”, por exemplo).
- Retenção em páginas de ao vivo e pós (scroll, tempo, recência).
- Assinaturas de newsletter geradas por notícias.
O que não fazer
- Contar com Preferred Sources como “atalho”. Sem relevância e freshness, não há destaque.
- Inundar o leitor com pedidos. Um banner não intrusivo e uma nota de serviço já bastam.
- Negligenciar página de autor, transparência e boas práticas técnicas.
Guia rápido para sua redação
Antes do pico
- Pauta pronta, templates de título e key facts publicados.
- Arte padrão para quando não houver imagem do evento.
Durante
- Atualizações com horário; bloco “O que mudou agora”.
- Tópico fixo com dados verificados.
Depois
- Pós com contexto e números; links internos para explicativos evergreen.
- CTA para preferir sua fonte no Google e assinar newsletter.
Perguntas rápidas
Preferências valem para todas as buscas?
Não. São mais visíveis em consultas noticiosas com Top Stories. Em algumas SERPs aparece o bloco From your sources.
Marcar meu site garante topo?
Não. A preferência aumenta a exposição quando você tem cobertura recente e relevante. O mix continua com outros veículos.
Posso pedir para o leitor marcar no Google?
Sim. É recomendável educar sua audiência com um passo a passo simples e materiais visuais.
“quero ver mais dessa fonte quando esse assunto aparecer”
Preferred Sources muda o jogo a favor de quem tem público fiel e apresenta consistência editorial.
Não é um truque de algoritmo, mas uma forma de o leitor dizer ao Google: “quero ver mais dessa fonte quando esse assunto aparecer”.
Se sua equipe dominar freshness, relevância e educação do usuário, você transforma essa novidade em visibilidade recorrente e em tráfego qualificado que volta toda vez que o tema sobe.